O papel desafiante dos pais
É urgente que sejamos pais conscientes, não é por passar na televisão ou na internet, ou por a,b,c dizerem que é verdade.Parentalidade consciente
Ser pai ou mãe é um trabalho a tempo integral. Já lá vai o tempo em que criar uma família parecia coisa simples. As mulheres ficavam em casa, enquanto o ganha pão estava somente a cargo do homem. Regra geral, nesse tempo, as crianças eram obedientes, tinham rédea curta e muito respeitinho. Proezas conseguidas, muitas vezes, à custa de castigos, uso da força e onde a violência física era, não só aceite, como apreciada por uma sociedade permissiva quanto ao uso de diversos abusos, em prol de criar meninos bem educados e bem mandados. Felizmente, sabemos hoje as consequências que tais ações podem ter na vida da criança enquanto adulto. Hoje, a realidade é bem diferente em muitos aspetos. Para começar existem todos os tipos de famílias - mães solteiras, mães que trabalham, pais que cuidam da casa, famílias com duas mães ou dois pais e, também, famílias com várias gerações a viver sob o mesmo teto e famílias mono-parentais. Em muitas dessas famílias, um dos membros do casal, ou até ambos não estão em casa o dia todo, trabalho, carreiras profissionais ou negócios são de uma exigência atroz que se cruza com a necessidade. Os filhos pequenos ficam aos cuidados de outros, avós, babysitters, creches. Por sua vez, os média em geral, a televisão, a internet enviam-nos mensagens sobre como educar os filhos, umas de forma informada e consciente, outras meramente comerciais, ou sem nenhuma base cientifica. É fácil sentirmo-nos perdidos, enquanto pais, perante tamanho bombardeamento de informação e, como se não bastasse , a proliferação de blogs, páginas nas redes sociais, influenciers, todos nos tentam ensinar a forma perfeita de criar filhos. A verdade é que- não há fórmulas, nem pedagogias, nem métodos que nos valham se não existir mente aberta, querer mudar e acreditar. Nos tempos que correm, já não sabemos em que acreditar. É urgente que sejamos pais conscientes, não é por passar na televisão ou na internet ou por A,B,C partilharem que é verdade. Saber filtrar a informação é, pois, uma tarefa extra que os novos tempos exigem. Saber distinguir a verdade e comprovado, daquilo que é moda ou viral, não é fácil. Temos, no entanto, no meio de tudo isto a experiência comprovada, a investigação, os estudos e é na ciência que devemos confiar e isso não tem de ser um bicho de sete cabeças, a ciência é para todos! Em montessori, a ciência está a nosso favor, porque montessori é ciência, não há como não confiar, agora se não há uma identificação com o método montessori isso só tem que ser respeitado.
Ao encontro daquilo que montessori defende, a ciência diz-nos que o ambiente e as experiências corretas são essenciais para bebés e crianças pequenas. Também, o cérebro das crianças está programado para aprender, mas para isso acontecer é essencial ter um ambiente que proporcione isso (saiba mais sobre ambiente preparado). É certo, que maioria de nós deseja proporcionar aos nosso filhos o melhor ambiente familiar possível, dentro dos limites do tempo e dos recursos que dispomos. Também, é verdade que cada mãe ou pai é um educador. Por isso, a missão que assumimos não consiste em simplesmente procriar, parir, alimentar e cuidar dos nossos filhos, precisamos ensiná-los a tornarem-se adultos autónomos ,independentes, auto-cofiantes, bem sucedidos e felizes. Um caminho para toda a vida, o trabalho de uma mãe e de pai nunca estará terminado. Por isso, faço-lhe um convite, se tem filhos pequenos, ou é educador ou até cuidador e está ansioso para obter uma nova perspetiva sobre a educação e algumas sugestões práticas montessori é para si! A vida com filhos não tem de ser caótica, podemos celebrar a vida. As pequenas ações do dia podem reafirmar o amor mútuo, a conexão com os nossos filhos e fazer toda a diferença na sua vida e na deles, tendo uma vida de maior paz e tranquilidade. Permita-se descobrir!Referências Bibliográficas
Seldin, Tim, “Método Montessori na educação dos filhos”.Editora Manole, 2 ª edição, 2018.
